O objetivo da expedição é a exploração de uma das áreas mais remotas da Cordilheira Vilcanota, atravessando zonas repletas de imensos glaciares e cruzando “pasos” que superam os 5400 m. A Vilcanota é uma belíssima cadeia de montanhas localizada a sudeste da cidade de Cusco que não deixa nada a desejar em relação à famosa Cordilheira Blanca. Com aproximadamente 100 km de extensão e uma grande quantidade de picos de característica alpina, com alto grau de dificuldade técnica, são muitas as opões para a realização de atividades de montanhismo e de trekking.
Nossa caminhada começa no pequeno povoado de Pacchanta (4328 m), localizado aos pés do Nevado Ausangate (6372 m). O percurso segue por entre os glaciares de 5 montanhas acima de 6 mil metros, o Colquecruz (6102 m), o Jatunriti ou Chumpe (6106 m), o Jatunhuma (6093 m), o Callangate (6110 m) e o Yayamari (6049 m), cruzando 4 passos de montanha acima de 5000 m (o mais alto em torno de 5400 m!), para, então, descer em direção à planície Amazônica. O trekking permite apreciar todas as montanhas acima de 6 mil metros dessa cordilheira, pois também teremos uma linda visão do Nevado Ausangate (6372 m).
No caminho encontram-se uma infinidade de lagoas, incluindo as mais extensas dessa parte dos Andes, como a Singrenacocha e a Sibinacocha, além inúmeras montanhas nevadas. Após vencermos o último “paso”, no extremo setentrional da Cordilheira Vilcanota, iniciaremos a longa descida que segue até a Amazônia, terminando a travessia na vila de Marcapata, em uma zona marcada por densa vegetação tropical a 3150 m de altitude.
Sem dúvida alguma, esse é o roteiro de trekking mais desafiante de nosso portfólio de caminhadas: aproximadamente 125 km distribuídos em 9 dias deslumbrantes! Indicado para quem busca uma caminhada original e exclusiva ou deseja conhecer o ambiente de alta montanha, superando os 5 mil metros.
Saída
20-MAI-25
Duração
12 DIAS
Preço
US$ 1790
Serviços incluídos
- Hospedagem em Cusco
2 noites
- Hospedagem em Pacchanta
1 noite
- Transporte privado
Cusco a Pacchanta
- Transporte privado
Marcapata a Cusco
- Cozinheiro e alimentação
Alimentação durante o trekking
- Arrieiros e mulas
10 kg por pessoa
- Guias
1 guia para cada 4 clientes
- Suporte em Cusco
Aluguel de equipamentos
- Equipamentos *
1 barraca de alta montanha para cada 2 pessoas
- Equipamentos *
Barraca refeitório
- Equipamentos *
Barraca cozinha
- Equipamentos *
Telefone satelital (ligações não incluídas)
- Equipamentos *
Oxímetro e kit de primeiros socorros
- Consultoria Summit Push
4 horas
* equipamentos disponíveis somente para uso durante a expedição
Serviços NÃO incluídos
- Passagens aéreas
NÃO incluído
- Seguro de viagem internacional (obrigatório)
NÃO incluído
- Alimentação e bebidas em Cusco
NÃO incluído
- Alimentação e bebidas em Pacchanta e Marcapata
NÃO incluído
- Ligações telefônicas satelitais
NÃO incluído
- Equipamento pessoal
NÃO incluído
- Gorjetas e outros gastos pessoais
NÃO incluído
- Custos derivados de resgates
NÃO incluído
- Custos derivados de desistência da expedição
NÃO incluído
- Outros serviços não explicitamente relacionados
NÃO incluído
Programa
1º dia
CuscoTerça-feira - 20/05/2025
Encontro no hotel reservado para a expedição, onde os guias apresentarão os detalhes do roteiro e farão uma revisão dos equipamentos e roupas dos participantes, ajudando-os na organização de seus itens pessoais. Restante do dia livre para compra e/ou aluguel de equipamentos e roupas e preparação da bagagem para a expedição. Pernoite em hotel.
2º dia
Cusco - PacchantaQuarta-feira - 21/05/2025
Sairemos do hotel às 09:30 da manhã, embarcando em transporte privado com destino a Pacchanta (4328 m). Pacchanta é um pequeno vilarejo, muito visitado pelos turistas por possuir uma estação de águas termais e ser o ponto de partida ou chegada do famoso Circuito Ausangate, o principal roteiro de trekking dessa região. Pernoite em pousada.
3º dia
Pacchanta - Laguna ArmacochaQuinta-feira - 22/05/2025
Pela manhã encontraremos os arrieiros e as mulas que carregarão nossos equipamentos e suprimentos durante todo o trekking. Após acomodarmos nossa bagagem nas mulas, iniciaremos a caminhada por uma trilha que sobe em direção ao primeiro “paso” da travessia, o Abra Puca Orco, de 4674 m de altitude. O caminho segue com uma inclinação moderada e constante, com uma linda vista do vale onde se encontra Pacchanta e do Nevado Ausangate (6372 m). Chegando ao Abra Puca Orco teremos uma visão privilegiada dos diversos cumes do imenso Nevado Cayangate (6110 m), a segunda montanha mais alta da Vilcanota e o 6 mil mais difícil de ser escalado de todo o sul do Peru. Também é possível avistar as montanhas nevadas de outra cordilheira vizinha à Vilcanota, o Nudo de Ayacachi, local onde é realizada a festividade do Señor de Qoyllorit'i, uma das manifestações culturais e religiosas mais antigas e impressionantes dos Andes, cujas origens remontam à época pré-colombiana. Após o “paso”, há uma longa descida até a Quebrada Quillhuahuayjo. Entraremos por um vale secundário, subindo progressivamente o rio até a Laguna Armacocha, local de nosso primeiro acampamento, bem em frente ao maciço do Nevado Cayangate. Distância percorrida: 9,0 km.
4º dia
Laguna Armacocha - Laguna YanacochaSexta-feira - 23/05/2025
No segundo dia de caminhada teremos que ultrapassar outro “paso”, acima da Laguna Armacocha. A trilha segue pela margem alta da lagoa, subindo por sua encosta, com uma vista espetacular do maciço do Nevado Cayangate. O “paso” se encontra a 4800 m de altitude e, após cruzarmos seu ponto mais alto, iniciaremos uma longa descida em direção à Laguna Singrenacocha. O caminho entra, a seguir, pelo vale situado acima da Laguna Singrenacocha, uma impressionante zona glaciária localizada entre 4 montanhas acima de 6 mil metros, o Colque Cruz (6102 m), o Jatunriti ou Chumpe (6106 m), o Jatunhuma (6093 m) e o Callangate (6110 m). Ao longo do percurso passaremos por diversas outras lagoas, como a Laguna Alcacocha, a Laguna Pucacocha e a Laguna Mullucocha, até chegarmos na Laguna Yanacocha. Acamparemos em uma área plana situada acima dessa lagoa a 4650 m, onde uma linda cachoeira despenca desde o glaciar do Nevado Colque Cruz. Distância percorrida: 9,5 km.
5º dia
Laguna Yanacocha - Laguna ChuyanecochaSábado - 24/05/2025
Continuaremos nossa caminhada pelas “moraines”, seguindo até a junção de dois vales glaciares. Uma “moraine” (em inglês) ou “morrena” (em espanhol) é um depósito de sedimentos arrastados pelos glaciares. À direita do caminho, a sudoeste, encontra-se o vale glacial que separa os nevados Jatunhuma (6093 m) e Callangate (6110 m), cujos cumes já são visíveis ao fundo. Seguiremos rumo sudeste, pelas “moraines” entre o Jatunhuma e o imenso maciço dos nevados Colque Cruz (6102 m) e Jatunriti ou Chumpe (6106 m). A paisagem do dia será magnífica, com a trilha bem próxima ao glaciar do Colque Cruz e de seus diversos picos nevados. O caminho segue acompanhado o Nevado Carhuaco Punco (5700 m) à direita, até chegar na Laguna Huarurumicocha (4980 m). Contornaremos a lagoa até seu extremo sul, onde iniciaremos a última subida do dia, desta vez pelas “moraines” do Nevado Chumpe. Montaremos nosso acampamento a 5275 m de altitude, próximo à Laguna Chuyanecocha. Distância percorrida: 12,0 km.
6º dia
Laguna Chuyanecocha - Laguna SibinacochaDomingo - 25/05/2025
O principal objetivo do dia é cruzarmos o “paso” situado a 5400 m, que nos permitirá sair do vale glaciar onde nos encontramos para chegarmos na Laguna Sibinacocha, a maior lagoa da Cordilheira Vilcanota, com uma superfície de aproximadamente 30 km2. Esse é um dos “pasos” mais altos dos Andes peruanos e a vista que se descortina compensa todo o esforço: uma infinidade de cumes nevados se apresenta ao nosso redor, já sendo possível apreciar as montanhas situadas na continuação do maciço do Nevado Chumpe, para onde nosso roteiro se dirige, como o Jatunñano Punta (5815 m) e o Japu Punta (5845 m). Ao fundo da Laguna Sibinacocha uma planície branca se destaca no horizonte: é o campo de gelo do Quelccaya, outra importante atração da Vilcanota. O Ritipampa de Quelccaya é o maior campo de gelo do mundo fora das regiões polares e da Patagônia, ocupando uma área de 44 km2, com uma altitude média de 5470 m. Desceremos pelo outro lado da montanha, acompanhando as “moraines” do glaciar do Nevado Chumpe localizado a sudeste do maciço, cujas águas alimentam a Laguna Sibinacocha. Montaremos nosso acampamento próximo dessa imensa lagoa, a 4890 m de altitude. Distância percorrida: 6,5 km.
7º dia
Laguna Sibinacocha - Laguna SorañañoSegunda-feira - 26/05/2025
Nesse dia teremos mais um grande desafio, cruzar outro “paso” acima dos 5300 m, saindo do vale glaciar do Nevado Chumpe para chegar a outro vale, dominado por mais uma montanha de 6 mil metros, o Nevado Yayamari (6049 m). O percurso cruza as “moraines” onde estávamos acampados até alcançar a trilha que sobe em direção ao Abra Cuncupata (5350 m), o “paso” que teremos que ultrapassar, o segundo mais alto de todo o percurso. O caminho segue pelo outro lado do Abra Cuncupata, acompanhando o enorme glaciar do Nevado Jatunñano Punta (5815 m), e desce em direção à Laguna Sorañaño, local de nosso acampamento, a 4963 m. Distância percorrida: 15,0 km.
8º dia
Laguna Sorañaño - QuechupampaTerça-feira - 27/05/2025
Esse será um dia sem muitos desníveis e a caminhada seguirá pelo vale do Nevado Yayamari (6049 m), uma das zonas mais remotas da Cordilheira Vilcanota, com diversas outras montanhas compondo a paisagem, como o Nevado Japu Punta (5845 m), o Nevado Paco (5672 m), o Nevado Sacsa Ananta (5450 m) e o Nevado Alccachaya (5768 m). Chegaremos até outra lagoa, a Laguna Ccascara, e continuaremos pela trilha que acompanha sua margem. Atravessaremos o rio que se origina na lagoa, seguindo até a zona conhecida como Quechupampa, aos pés do Nevado Alccachaya, onde montaremos nosso acampamento a 5080 m. Distância percorrida: 22,0 km.
9º dia
Quechupampa - Quebrada MatesQuarta-feira - 28/05/2025
O trajeto do dia é um pouco mais curto, com aproximadamente 10,5 km, cujo principal desafio é cruzar mais um “paso”. Desta vez chegaremos a 5270 m, o terceiro “paso” mais alto de nossa expedição. O caminho até o “paso” segue por uma trilha com uma bela visão do Nevado Alccachaya (5768 m) e do vale onde se encontra a Laguna Ccasccara. Durante a subida também será possível vislumbrar, na direção sudoeste, a montanha mais alta da Cordilheira Vilcanota, o Nevado Ausangate (6372 m), em um ângulo que ressalta a grandiosidade dessa montanha. A vista que se apresenta desde o “paso”, mais uma vez, é excepcional, com destaque para o campo de gelo do Quelccaya. Após cruzarmos o “paso” desceremos até a Quebrada Pata Aljachaya, continuando a descida por uma trilha que acompanha o rio até a Quebrada Mates, onde montaremos nosso acampamento a 4988 m. Distância percorrida: 10,5 km.
10º dia
Quebrada Mates - Cachi CachiQuinta-feira - 29/05/2025
Seguiremos pela Quebrada Mates por um caminho bem marcado que leva até o “paso” conhecido como Puerto Cáliz (5200 m). Apesar da longa distância a ser percorrida nesse dia, o terreno fácil permite um deslocamento mais rápido. O caminho sobe suavemente em direção ao “paso”, que se encontra a 5 km de distância com um desnível de 210 m a ser superado. O destaque da paisagem é o majestoso Nevado San Braulio (5649 m), que vai se tornando cada vez mais imponente à medida em que ganhamos altitude. O Puerto Cáliz se encontra no limite setentrional da Cordilheira Vilcanota e, após esse “paso”, começa a longa descida para a região amazônica. Além do Nevado San Braulio, desde o Puerto Cáliz é possível avistar, novamente, o Nevado Yayamari, bem como montanhas pouco conhecidas localizadas no extremo norte da cordilheira, como o Huayna Auzangate (5677 m). A partir desse ponto teremos, somente, descidas em nosso trajeto. Percorreremos mais 16,5 quilômetros pela Quebrada Parina, também conhecida como Quebrada Lacco, até o pequeno vilarejo de Cachi Cachi (4230 m), onde montaremos nosso acampamento. Distância percorrida: 21,5 km.
11º dia
Cachi Cachi - Marcapata - CuscoSexta-feira - 30/05/2025
No último de caminhada teremos, mais uma vez, uma longa distância a ser percorrida. Porém, o terreno fácil e o percurso predominantemente em descida fazem dessa última etapa um dia de deleite. O caminho do dia anterior, a partir da vila de Cachi Cachi, converte-se em uma pequena estrada. A paisagem continua deslumbrante e, à medida em que descemos, começa a aparecer uma vegetação que vai se tornando cada vez mais robusta, até transformar-se em uma mata tropical nas partes mais baixas. O aumento gradual da temperatura nos faz lembrar que estamos a caminho da Amazônia e o exotismo é ressaltado pela visão que combina o verde da vegetação com os cumes nevados. Outro atrativo do dia serão as pequenas vilas com suas casas de pedra, que ainda preservam a tradicional arquitetura andina. Finalmente, avistaremos o vale onde se encontra Marcapata (3150 m), nosso ponto de chegada, rodeado de montanhas e de florestas tropicais. A estradinha termina na rodovia Transoceânica, onde encontraremos o nosso transporte que nos levará até a cidade de Cusco. No local existem águas termais, para quem deseja banhar-se antes da viagem de retorno. Sairemos de Marcapata em transporte privado por volta das 17:30, com uma previsão de chegada em Cusco para as 21:30. Pernoite em hotel. Distância percorrida: 16,0 km.
12º dia
Cusco - País de origemSábado - 31/05/2025
Embarque para retorno ao país de origem.
Dificuldade técnica
Média |
Esforço físico
Muito alto |
